Aroma a feno

O dia estava quente e o fim de tarde agradável, com uma ligeira brisa a percorrer o espaço. Quando saiu para o alpendre o aroma a feno fez com que viajasse até à infância, quando vivia no campo.

Inalou de forma profunda e um sorriso ligeiro delineou-se na sua boca. Sentou-se num banco baixo e as cadelas, que ali estavam como ele a viver o instante, juntaram-se-lhe.

Enquanto lhes afagava o pelo, desde a cabeça até ao dorso, elas como que sorriam e abanavam a cauda de forma pausada, sem agitação, em consonância com o momento.

Por instantes, nada mais importou. Apenas a sensação da palma da mão a deslizar naqueles corpos aquecidos pelo sol, e o prazer repartido entre ele e as duas companheiras de pelo liso acastanhado.

O sol escorregava para o ocaso lentamente, dando a sensação que descia mais devagar para proporcionar uns minutos extra daquele instante simples e único.

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