Aldeia

Sempre que regresso à aldeia há um reencontro com as origens, um contacto próximo com as raízes. De todos os lugares este é onde se encontra a essência. Foi aqui que viveram os meus antepassados e onde brotei para a vida. Caminhar num outono por campos verdejantes de vestes douradas e rubras é transformador. A brisa que percorre o rosto leva-nos a apreciar a subtileza quente dos raios de sol de S Martinho e ao mesmo tempo do fresco ar de inverno serrano que se aproxima. Regatos de água torneiam as pedras toscas dos caminhos e regam os lameiros. A serra em toda a sua magnitude ergue-se debaixo dos meus pés e lá no cimo o granito indica-nos os trilhos rumo ao talegre. Ao fundo do vale, o rio Paiva corre agitado, fruto das chuvas pós verão e que regam estas terras de onde brotam paixões e memórias inesquecíveis.



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