A noite

Saio para a noite fria de Outono, caminhando pelas ruas estreitas de pedra, aprecio o vapor produzido pela respiração. Sentindo o ar na face, esboço um inevitável sorriso, de prazer, pelas coisas mais simples.

A luz forte, amarelada, brinca com a minha sombra enquanto passo a passo anoto o recolher das gentes, trabalhadores que gozaram o seu merecido descanso e que melancolicamente vêem aproximar-se uma nova semana, nova luta.

Os últimos insectos ainda clamam nos campos e a lua altiva distância-se ainda mais do mundano humano. Entre as manchas enegrecidas que são as nuvens, duas ou três estrelas brilham lá do alto, como que se a noite me piscasse o olho. Inspiro de forma profunda e a aragem, agora ainda mais fresca, percorre as vias respiratória com vigor, inundando não só os pulmões, mas todo o corpo e mente com uma lufada de energia.

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