A escrita e a tecnologia.
A tecnologia veio facilitar muitos aspectos da vida do escritor, ou daquele que, não sendo escritor, gosta de escrever.
Contudo, o prazer de sentir o rolar da esferográfica no papel áspero ainda é insubstituível. Essa tecnologia que hoje é rudimentar, mas que no seu tempo também revolucionou.
Como será no futuro? Certamente, numa primeira fase, e esse futuro já chegou, é nem usar qualquer recurso que exija teclar para se escrever, basta ditar e o computador regista as ondas vocais e reproduz o texto na folha. Mas podemos chamar a isso escrita?
Talvez, num futuro mais distante nem seja necessário vocalizar e baste o pensamento para que o software capte as ondas e as reproduza.
Independentemente das vantagens de um futuro assim, haverá sempre aqueles que permanecerão a fazer deslizar a esferográfica no papel, tal como eu agora, que reproduzo com esta tinta negra alguns caracteres que juntos formam uma palavra, uma frase, um texto. Apreciando linha a linha a ser preenchida e regozijando-me com as letras que quebram essa mesma linha em direcção à inferior.
Como vivemos na era da informação estes singelos símbolos passarão também para o formato digital, de forma a serem partilhados na rede global.
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