Amizade


O que será um amigo? Um verdadeiro amigo?
Existe tal conceito nos dias de hoje? Num mundo em que cada vez mais há mobilidade de indivíduos existirá espaço para a amizade?
Vivemos rodeados de companheiros que julgamos chegados ao peito e quando nos apercebemos já estamos a viver noutra cidade ou país e as supostas amizades anteriores cairam no esquecimento. Quantas vezes não se dá este cenário no decorrer de uma vida.
Quantos amigos já tivemos que julgávamos ser como irmãos e hoje já se diluiram nos recantos da memória. Não por zangas ou supostas incompatibilidades descobertas, mas sim pela falta de contacto, pela ausência de uma conversa sincera, de uma gargalhada verdadeira, de um abraço sentido. Não há aldeia global nem meios de comunicação que substituam um bom abraço.
Tudo isto para dizer que é um enorme prazer quando reencontramos amigos de outrora e após cinco minutos de diálogo nos apercebemos que aquela amizade fez uma ponte entre o espaço e o tempo, como se estes não tivesses sequer existido.
As pessoas mudam, as vivencias multiplicam-se, mas os amigos sinceros são como um diamante em bruto e não há quem o consiga lapidar ou adulterar.

Comentários

Unknown disse…
Gostei muito desta leitura. Consegui rever-me neste comentário. Também sou dos que acreditam que os verdadeiros amigos não se "evaporam", independentemente de existir um afastamento maior fruto dos constrangimentos da vida.Um abraço, de um amigo.
Anónimo disse…
Olá Marco Atleta!
Gostei desta tua reflexão e concordo inteiramente com ela. As amizades não são difíceis de se fazer, pelo menos comigo que sou uma pessoa muito aberta e sincera mas a vida, como tu dizes, prega-nos partidas e separam muitas vidas. Tenho grandes amigos que já não os vejo há muito tempo mas apesar disso guardo-os sempre na lembrança, como tu por exemplo. Gosto de recordar os tempos bons que nós passamos no real tunel...
Um grande abraço para ti deste teu amigo.
Muito bom texto. Eu digo que os meus verdadeiros amigos estão a kilometros de distância, mas não é por isso que deixamos a amizade de lado. Ás vezes custa, MUITO, mas antes ter alguns e longe... do que nenhuns.

Continuação de bons textos.
Anónimo disse…
Oi.
Só vi o artigo hoje (1 dezembro), mas concordo em tudo marquito, e faço minhas as palavras dos moços que fizeram os dois 1ºs comentários (que não conheço de lado nenhum, nem nunca me foram apresentados, eh, eh...).
Um abração deste teu amigo...

José Alberto Marques - Viseu

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