Sempre quis ter uma animal de estimação, ou melhor, uma amigo de quatro patas. Por vontade minha, e da maioria das crianças, teria tido um amiguinho desses desde tenra idade. O mais próximo que tive foi o Fadista , cão do meu avô, que eu adorava, quando ainda vivia na aldeia, em plena Serra do Montemuro. Os meus pais sempre foram maravilhosos, mas no que a animais diz respeito nunca quiseram ter um em casa. Agora que vivo no meu próprio espaço, há quase uma década, apercebi-me que também nunca me disponibilizei para arranjar uma companhia peluda, um anjo peludo, como lhes chama o educador DeRose . Várias desculpas, falta de tempo, responsabilidade necessária, encargo financeiro, onde o deixar quando viajo, etc. A sorte, no entanto, bafejou-me com a companhia de um ser amoroso, felpudo, pequenino e um misto de ternura e traquinice, sem que tenha a responsabilidade de me preocupar com a sua alimentação, com a caixinha das suas necessidades, com as necessidades básicas, pois é o gato do m...