Prazerosa leitura
Como pude andar tantos anos da minha juventude afastado desta actividade deleitosa. Pegar num bom livro, de preferência novo, tactear a capa, sentir o seu odor agradável, a textura das folhas que convidam a um momento de paz enquanto nos embrenhamos numa boa ficção, romance, policial, ou outro. Tantos minutos, horas, despendidas em filas de espera, nos mais variados serviços, olhando para o tecto esperando desesperadamente que o pequeno mostrador exiba o número que coincide com a nossa senha. Muitas mais viagens de transportes públicos sem um livro de apoio que nos salve da macabra e detalhada conversa que as vizinhas de banco teimam em discorrer. Já para não falar do pobre tempo gasto em frente ao ecrã de televisão que nos ilude e hipnotiza de uma forma realmente assustadora. E tanto que há para descobrir entre páginas. No Domingo passado, ao regressar do trabalho na minha caminhada descontraída, fui reparando nos cafés e tascas por onde passava. O televisor aos berros, meia dúzia de ...