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A mostrar mensagens de 2012

Renascer

Os teus cabelos ondulam na brisa, adquirindo a sua forma que passa, escondendo, por vezes, o teu sorriso misterioso e belo. E esses olhos com vida imensa, quem neles se perde jamais será igual, da profundidade desse mar regressa-se metamorfoseado. A proteção que a envolvência dos teus braços confere ao meu corpo sossega-me, és a minha guardiã. Beijas-me como se o mundo terminasse hoje, e na realidade, depois dos teus lábios tocarem os meus pela primeira vez o meu mundo renasceu.

Amanhã é um novo dia

No silêncio da noite bates as asas, voas rumo ao desconhecido, rumo à experiência. Vivência, cresce, partilha! No meu leito adormeço, surpreendentemente sereno, só um ligeiro aperto no peito denota preocupação envolta em cuidado e querer-te bem. Adormeço, amanhã é um novo dia!

E quando a vida é uma coreografia de sensações

E quando a vida é uma coreografia de sensações, de suspiros encadeados, irradiados por olhos brilhantes, expressa em sorrisos abertos. Sorrisos que apetecem beijar, e depois do beijo essa expressão nascer na expressão do outro e mais um par de olhos iluminar o mundo!
Felicidade é: não prometer nada e cumprir tudo.
Felicidade é: aproveitar aquilo que tens não esquecendo aquilo que queres.
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Quando a delicadeza permite o toque mais intenso e os teus olhos brilham com os meus, a terra cessa o seu movimento e assim suspensa no universo ganha uma outra dimensão.
Felicidade é: não ter medo de perder aquilo que não lhe pertence!

Sinto

Sinto que em minhas veias arde sangue, chama vermelha que vai cozendo minhas paixões no coração. Mulheres, por favor, derramai água: quando tudo se queima, só as fagulhas voam ao vento. Federico García Lorca, in 'Poemas Esparsos' Tradução de Oscar Mendes
Os que chamam rigidez à disciplina dificilmente alcançarão algo na vida.
«Um papagaio de papel só voa alto quando tem o vento contra.» Veronica Hedenmark

Shaktí* (XV)

Cabelos ondulados, filhos da brisa da manhã. Acariciam-nos o rosto quando ela nos sussurra ao ouvido um segredo. O seu perfume inebria o homem deixando-o sem defesas. De corpo pequeno, leve, mas ao mesmo tempo de imenso poder. Flui como um elemento da natureza, movimenta-se com arte. As plateias aplaudem o seu brilho e o doce sorriso. Tal como noutras verdadeiras shaktís A energia brota de si, como uma fonte, Onde o shakta vai beber a sabedoria da vida. --- * Shaktí - Energia, força. Esposa ou companheira no sádhana tântrico. Mãe divina.

Flexibilidade

“Quando nascemos o corpo parece frágil e é todo flexível, quando morremos o corpo fica duro e inflexível. O flexível representa a vida, o inflexível representa a morte. Os galhos de árvores flexíveis se curvam ao vento forte e não caem, as secas e inflexíveis são derrubadas. Pessoas evoluídas são flexíveis em casa, no trabalho e em qualquer lugar vencendo os arrogantes. As inflexíveis criam conflito social e ficam isoladas”  Luis Carlos de Moraes.  

Ainda ontem éramos crianças

Ainda ontem éramos crianças que brincavam como se o amanhã não fosse chegar. Esse amanhã que é hoje e que traz na recordação uma nostalgia dessa inocência, ora perdida, ora resgatada. Ouço os nossos risos, a gargalhada de prazer puro enquanto brincávamos na terra lamacenta, em contraste com um sorriso branco puro e um brilho que deixava antever mil e uma possibilidades. Hoje ainda há resquícios dessa infância em nós, é nesses momentos em que ela vem ao de cima que nos encontram a sorrir abertamente e com o universo no olhar.
«Beija ou morre. Beija a glória ou morre a lutar por ela.» Kilian Jornet
Não há melhor estímulo para a criatividade do que a dificuldade.
Aquele que está disponível para amar está disponível para viver. Não feches o teu coração a sete chaves, pois corres o risco de as perder.

Passar os teus portões

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A tua porta ao longe Parece inalcançável. Frio gradeamento Que impede o meu querer, Imune ao meu desejo. Os degraus que a ti levam São de evolução. Subí-los é iniciático E aprendiz quem os sobe. O sol que aí incide São mãos a acariciar A tua pele. Sento-me nessa velha cadeira, Delicadamente. O ranger corta o silêncio, Espero que abras a porta. Agora que aqui cheguei, espero.

A importância dos sonhos na escrita

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Descoberto no blogtailors .
Há pessoas que cruzam a nossa vida simplesmente para nos fazer ascender a um patamar superior, depois seguem o seu caminho.

Aroma do saber

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Muitos anos envolto entre prateleiras repletas de livros, inebriado pelos aromas do papel e da cola que une esses pedaços de vida. Depois, a distância, a ausência desses espaços no quotidiano. De quando em vez entro numa livraria e é como se sentisse o chamamento de cada um, de cada capítulo, parágrafo, palavra. E entrar assim num ambiente, na companhia de uma amiga, conhecedora exímia das letras, e poder partilhar, e como duas crianças em loja de brinquedos andar de um lado para o outro em euforia. « - Conheces este? E este já leste?! Ó pá...! - Que cheirinho» Pequenos prazeres compartilhados enriquecem o momento.
Há as belas, e as que nos tornam belos.

Voa

Nessas asas de vento te elevas. Flui pelo espaço que te acaricia. O toque da brisa crispa-te a pele, Um frio no estômago dá sinal Da altitude, da possível queda, O medo controla e limita. Mas não, deixa-te subir, O prazer é imenso, Não penses no solo, Todo o teu ser flui, é aqui o teu lugar. Lá em baixo tempo suficiente foi vivido. Sê leve, Sê verdadeiro, E não receies a queda, Só assim chagarás alto. Escrito ao som de Fly , de Ludovico Einaudi.
O sol aquece-me a pele, a lua aquece-me a alma.

Catalisar brilho em olhos apagados.

Abri as portas para ti, deixando-te à vontade para entrar. Apenas aragem percorreu o espaço, Arrefecendo o ambiente. Deixei disponível o meu lar, A minha morada, o meu retiro. Ao olhar pelas portadas, Vejo os montes ao longe, Tanta possibilidade para lá deles, Tanta vida a ser vivida, Sorrisos a despertar. Catalisar brilho em olhos apagados. Continua a entrar somente fresco ar. Espero mais um pouco, Não vens. Parto para lá, Em busca do que aqui não há. Em busca de talvez me encontrar, Em mim!

Perder-me

Viagem de sensações pelo teu corpo Sem mapa, à descoberta, Perdendo-me por prazer. Voltando-me a encontrar nos teus olhos E nesse espelho ver os meus refletidos.
Se o nó que sentes no peito é uma semente, deixa-a brotar. As pétalas serão mais leves e o seu perfume mostrar-te-á o caminho.

Navegar em ti

Navegar naquelas águas esverdeadas até ao fim dos dias. Aconchegado pela natureza presente em cada movimento. Brisa que alto nos eleva, Ciclone que nos desmembra num piscar d'olhos. Dualidade num ser, beleza expressa no todo. No bem e no mal, Na delicadeza e na agressividade. Do rir descontroladamente ao chorar compulsivo. Tanta magia ao alcance de uma palavra, De um sorriso. Tanto olhar na ânsia de brilhar. À espera da deixa.

Um banho de amigos

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Fim-de-semana no sul, na capital, rever amigos, conhecer novos, fluir pela urbe que deu novos mundos ao mundo. Rir, aprender, passear, degustar, abraçar, beijar, brincar, e deixar que o brilho dos olhos livremente se expandisse por cada um daqueles que faz parte da minha vida, nem que seja por breves instantes. Uma imersão na cultura do Método DeROSE, lançamento de livro, cerimónias, cursos, troca de experiências, de conhecimento, de amizade profunda, na senda do desenvolvimento humano. Tanta emoção, tanta gente linda, tanta vontade de viver e construir com pessoas assim, despidas de barreiras e de braços abertos para compartilhar, e juntos, de mãos dadas, crescer rumo a destino incerto, mas sempre a subir. Fotografias: Fania Santos, João Matias, Marco Santos, Diogo Tigre, Carla Ferraz, Raquel Santos e fotografo oficial da sessão solene.

Esta cidade do Porto

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Esta cidade do Porto na qual vivo e que sempre me cativou tem algo que nunca conseguirei exprimir por palavras. Uma magia envolvente que a caracteriza, que lhe dá luminosidade, mesmo na noite mais escura, ou quando envolta em denso nevoeiro. O Douro que a percorre, que a embeleza, que lhe serve de espelho para se mirar, envaidecendo-a dos seus encantos, ao longo dos tempos elogiados. Os barcos rabelos que acariciaram as águas frias ao longo dos séculos tem neles incrustada parte da história desta urbe enlevada. A presença das gerações passadas permanece e a essa sabedoria se acrescenta o toque do moderno, das novas gentes, que pelas mesmas ruas circulam, comunicando noutras linguagens, mas pertencendo à mesma essência, envolvendo-se com a mesma substância característica deste local.   Fotografias de José Paulo Andrade -  http://www.pbase.com/jandrade

Shaktí* (XIV)

Que dizer daqueles olhos singulares, Quanta cor, quanta profundidade. Uma dicotomia para além do cromático. O poder do seu toque, O desarmar pela palavra sussurrada, O arrepio provocado pelo suspiro. Negros cabelos que ondulam, Tais braços no ar num concerto da vida. Júbilo cultural, ânsia do saber. O calor humano que dela advém Assemelha-se a uma tempestade austral, Que irradia e desbrava as terras do norte. --- * Shaktí - Energia, força. Esposa ou companheira no sádhana tântrico. Mãe divina.

Flash arrebatador

Há dias em que ficas com o coração nas mãos, o passado passa-te à frente dos olhos. E nesse momento de flash teres a capacidade de ver o que de bom viveste, analisar num ínfimo segundo a tua vida e sorrires por cada conquista, por cada construção, e mais importante ainda, por cada brilho no olhar que fizeste desabrochar. Lacrimejante, não de nostalgia, como alguns poderiam pensar, mas de gratidão profunda por aquilo que foi vivido e por aquilo que me será proporcionado viver.
E ao feri-lo não foi sangue que dele brotou e sim poesia.

Quero ser brisa

Quero ser brisa, ínfima molécula, envolver-me com o mar e rebentar na areia para poder voltar a fluir com a maresia e levar o aroma da vida à terra.
Exercita a alegria de viver todos os dias. E não te esqueças que os amigos são fonte inesgotável de felicidade.

Ser exemplo

Há olhos que brilham mais do que outros. Há sorrisos que nos fazem arrepiar de tanta candura. Há toque que nos transmite segurança. Há palavra que nos motiva a seguir em frente. Há quem transforme só pelo exemplo. Pela atitude constante perante todas as situações. Querer ser como essas pessoas exige sensibilidade. Querer ser maior exige atenção ao outro. Querer ser transparente exige verdade frontal. Querer amar a todos assim impele à nossa essência. Por detrás de cada olhar cerrado, de medo, ou raiva Existe um ser, Que por não ter sido compreendido no momento certo Se defende da forma que conhece, ignorando o poder de Um olhar brilhante, Um sorriso aberto Um toque fraternal Uma palavra de encorajamento.

E quando a Primavera chega assim...

E quando a Primavera assim chega sem aviso prévio, envolta na magia de cores que a caracterizam. Os seus perfumes que inebriam, ao ponto de me deixarem tonto, fechando os olhos e vendo mais cores. O sorriso inevitável e lágrima de prazer, o encanto da vida que transpira por cada poro da minha pele. E tu sorris também, um sorriso doce, calmo, primaveril.

Há corações iluminados na Baixa

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Circulam pelas ruelas históricas e cheias de vida de uma urbe que palpita de juventude exuberante. Corações soltos fluem na noite, iluminados pela magia do amanhã e pela liberdade de hoje, do agora. Traços de luz dão colorido aos monumentos enegrecidos de outrora, e em simbiose perfeita, de mãos dadas, corações brilham.
do teu toque nasce vida do teu sorrir o encanto da tua presença o conforto das tuas palavras a alegria dos teus olhos o oceano e nesse mar me perder
A dispersão é raiz do insucesso.

Corro para sentir a brisa no rosto

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Escrito, e para ser lido, ao som de Days of Fire (instrumental) dos Nitin Sawhney. Já alguma vez tiveste saudade de quando em criança corrias sem destino, com o simples intuito de sentires a brisa fresca no rosto. Eu muitas vezes fecho os olhos e coloco-me de novo por detrás daqueles olhos  sonhadores e há minha frente está somente uma ladeira verdejante e acima de mim um céu azul. Dou o primeiro passo hesitante e depois deixo-me ir descendo com grandes passadas amparado maternalmente pelos braços da Natureza, figurados na brisa que me envolve e acaricia. Uma lágrima solta corre-me pela face, estou no meu meio, estou em casa. A passada torna-se tão larga, impossível de acompanhar. Rolo pelo campo e paro de braços abertos, rio às gargalhadas. O mais surpreendente é que essa criança está sempre comigo, e manifesta-se cada vez que corro.